Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
É com generosidade, desejo e uma inesgotável curiosidade que Bruno Gonçalves tem sido peça essencial no tecido criativo da capital - assim mesmo, sem espinhas. Elemento agregador de energias e sinergias que se têm materializado em editoras como a Troublemaker ou ainda em festivais como Rama em Flor, Ano 0 e tantos outros encontros celebratórios. Enquanto figura pilar no Planeta Manas e no coletivo mina, tem assinado sets fortíssimos, de inabalável força sónica, deixando as convenções do avesso. Isto, claro, sem esquecer a posição de station manager wizzard que detém na Rádio Quântica.
Entre uma multiplicidade de papéis, há ainda espaço para incursões que produz sob o pseudónimo Phoebe. Das plataformas digitais às edições físicas limitadas, vamos apanhando um fluxo sonoro que tanto se reconhece na febre da rave, no espaço sideral da eletrónica fora de horas ou até na taciturnidade própria do rock mais marginal. Esse princípio incorpóreo de chegar a diversos pontos musicais sem perder um rumo comum, coloca-o num interessante lugar de constante desafio. Foi assim quando escutámos pela primeira a cassette if I was simple in my mind, everything would be fine; um pequeno opus, profundamente confessional no tom e ambicioso nas paisagens, que em menos de meia hora nos traçou formas não identificadas de melodias em implosão e beats sujos. Uma feliz estreia na catedral punk das labels nacionais que é a Rotten \ Fresh - e que agora acolhe também o seu próximo álbum.
Noites Longas é um documento ácido e urgente, reflexo de micromundos em colisão. Irremediavelmente hedonista, soa por vezes alucinante como nunca, embora consciente dos tempos de luta que nos rodeiam. Abre, pois, espaço ao delírio sem que com isso se torne intangível no discurso ou na expressão. A natureza genuína com que combina estes elementos torna tudo necessariamente mais apetecível. Um festim de luxo onde nos cruzamos com a participação de nomes de confiança como Pedro Alves Sousa, Violeta Azevedo, Bleid, King Kami ou Gustrava. Em suma, imperioso. NA
~
BLEID
Desde que começou em 2013, BLEID embarcou numa viagem musical que teve um impacto silencioso, mas profundo, no cenário da música eletrónica de Lisboa. Vai desde drones ambientais de outro mundo, criados ao vivo com uma guitarra e software de computador, até música de dança inspirada num caleidoscópio de influências sonoras, transita facilmente entre linguagens musicais enquanto mostra o seu amor por batidas quebradas, hinos de clubes da Internet, músicas rave intemporais e muito mais.
Colaborou ativamente com vários coletivos, incluindo mina, Rádio Quântica e o espaço cultural Planeta Manas. Enquanto figura visionária e artista residente por trás do Planeta Manas, faz a co-curadoria da programação do espaço junto com o famoso coletivo queer feminista rave mina, e em 2023 tornou-se a mente por trás do DESCE, um evento que reúne expressões rítmicas de diferentes partes do mundo, destacando talentos emergentes e recebendo artistas como CRRDR, White Prata, Kontronatura, Nídia e Tayhana.
No ramo da produção, lançou música em editoras como Naive, Ashida Park, Jerome, All Centre, Rave Tuga, Eterna, Extended Records e outras. Também colaborou com músicos de renome como Violet, Clara! BRAVA, Blck Mamba, Odete e Phoebe, e as suas criações musicais foram apresentadas em vários meios de comunicação, desde cinema a moda, passando por projetos orquestrais. Entre as suas atuações mais notáveis, destacam-se as apresentações no Atonal, MUTEK, Hypereality, Sonar, Primavera Sound, Semibreve, Whole Festival, Bassiani, Boiler Room e NTS.
Como artista que se dedica a explorar os múltiplos aspetos da música, BLEID continua a procurar novas perspetivas sonoras, convidando o público, em cada atuação, a uma viagem introspectiva através do som, misturando influências de diferentes lugares e épocas de uma forma cativante.
~
King Kami
Sabes aquela sensação de ouvir algo muito novo pela primeira vez? É isso mesmo que é King Kami. A DJ e produtora nascida no Brasil e radicada em Lisboa tem explorado as pistas de dança de Portugal e Espanha há anos. O que começou como uma DJ com temática Brega é agora uma das DJs mais essenciais e em rápido crescimento na Europa. A sua música é uma mistura única de Techno, Brega Funk, Volt Mix e a sua própria interpretação das cidades onde viveu nos últimos anos. Em 2023, lançou um EP com remixes da sua faixa de estreia, Vem M Instigar, que contou com a participação de pesos pesados como Rosa Pistola, Kelman Duran, Eram ou Pedro da Linha.
Em 2024, King Kami lançou um EP com o prodígio brasileiro Holandês, com a participação da rainha da cena underground de São Paulo, Katy de a Voz e as Abusadas.Os últimos dois anos foram muito agitados para King Kami, com mais de 50 shows por ano, tendo se apresentado em eventos como Primavera Sound, Sonar Lisboa, Roskilde, The Echo, Tremor, Transmusicales, Scopitone, Clandestino, Rio Loco, Horst, Nitsa, Razzmatazz, Musicbox, Lux, só para citar alguns.
Ela também estreou o seu novo projeto audiovisual com o artista visual João Parente, numa homenagem a João Pessoa (PB/Brasil), cidade onde ambos viveram durante pelo menos uma década das suas vidas. Através da reapropriação de imagens não consensuais de um projeto americano de geolocalização global, o funcionalismo tecnológico é deslocado para a criação de possibilidades microficcionais criadas através da IA. A promessa heterotópica do amanhã aponta que a contradição trará o próximo super-herói do momento.
Abertura de Portas
20:00
Preços