Promotor
A Oficina CIPRL
Breve Introdução
O concerto inaugural da 34ª edição do Guimarães Jazz pode ser entendido como uma espécie de metáfora do que este festival representa e quer comunicar. Nele apresenta-se o tributo elegíaco, prestado por um músico da nova geração a entrar agora na sua fase de afirmação no jazz profissional, às raízes mais profundas do jazz – o sangue blues (ou, na formulação original, “Blues Blood”) que ainda hoje corre pelas veias da cultura afro-americana. Condensa-se, assim, neste projeto do saxofonista Immanuel Wilkins uma ponte imaterial entre passado e futuro geradora de inúmeras possibilidades de sínteses criativas que mimetiza, no fundo, a ambição deste festival enquanto projeto de divulgação do jazz em todas as suas fases históricas.
Natural de Pittsburgh e sedeado em Nova Iorque desde 2015, Immanuel Wilkins (n. 1997), atualmente com vinte e oito anos, é um dos nomes mais destacados da geração emergente do jazz contemporâneo que se encontra agora na porta de entrada da sua idade musical adulta. Wilkins começou a envolver-se com a música desde muito novo e, enquanto adolescente, entrou em contacto com o jazz no contexto dos cursos educativos promovidos no seio da sua comunidade religiosa, uma experiência de iniciação musical que o influenciou a prosseguir estudos superiores em música na prestigiada Juilliard School. Introduzido na cena jazzística tendo Ambrose Akinmusire como mentor, o trajeto artístico de Immanuel Wilkins tem-se revelado até à data profícuo e ambicioso, tanto enquanto compositor como na qualidade de acompanhante de figuras de relevo do jazz atual, entre eles Kenny Barron, Joel Ross, Wynton Marsalis, Solange Knowles ou Jason Moran, pianista com quem colaborou na gravação da série de concertos “In My Mind: Monk at Town Hall” em homenagem a Thelonious Monk. O álbum “Omega”, produzido pelo mesmo Jason Moran e editado em 2020, marcou a estreia discográfica de Immanuel Wilkins em nome próprio, neste caso como líder de um quarteto composto por Micah Thomas, Daryl Johns e Kweku Sumbry, todos músicos da mesma geração e que voltaram a ser também a unidade central, expandida por um ensemble de percussão, responsável pela gravação da suite “The 7th Hand” (2022). Em ambos fica patente a dimensão espiritual do trabalho de um compositor e saxofonista que assume o dever de prestar um testemunho de respeito pela herança não apenas musical e artística, mas também política e religiosa, da cultura afro-americana. Este é, de resto, o tema central que atravessa o seu mais recente projeto “Blues Blood”, o qual deu origem a um álbum homónimo editado no ano passado, um trabalho ambicioso e multidimensional, meditativo e atmosférico, que tem sido objeto de aclamação por parte da crítica especializada do jazz. Para além do pianista Micah Thomas e do baterista Kweku Sumbry, acompanham Wilkins nesta viagem sentimental pela ancestralidade do jazz o contrabaixista Ryoma Takenaga e os as vozes dos vocalistas Ganavya, June McDoom e Yaw Agyeman, todos eles elementos preciosos na engrenagem lírica do jovem compositor de Pittsburgh, que aqui se encontra em puro movimento harmonioso.
Ficha Artística
Immanuel Wilkins saxofone alto
Micah Thomas piano
Ryoma Takenaga contrabaixo
Kweku Sumbry bateria
Yaw Agyeman vocais
June McDoom vocais
Ganavya vocais
Preços
15,00€ | 10,00€ c/d
DESCONTOS:
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